23 de dezembro de 2010

Natureza Selvagem

Creio que um dia encontrarei o sentido de minha existência. Algo que somente poderá ser compreendido por mim. Nada além do céu, nada além da terra ou do mar. Possuo, é claro, vagas suspeitas a respeito disso, porém todas elas convergem para um único desejo: Liberdade. Viver apenas para viver. É claro que essa idéia não carrega nenhum projeto de vida e certamente implicaria, em última instância, no abandono de tudo...e fatalmente em solidão. Mas o isolamento não pode ser nunca o caminho da liberdade... a não ser que...já sei! Me prendam do lado de fora do mundo. É como se estivesse vivendo na superfície de uma experiência ilusória todos os dias, da qual fazemos todos parte por vontade própria, uma idéia compartilhada, criada e reinventada a cada novo dia, um véu sob uma realidade que me parece existir antes de tudo e ser muito mais profunda, natural, simples, onde tudo se insere e também tudo sustenta...onde não exista o tempo. Quero conhecer o mundo todo de perto, tão profundamente quanto a duração de um dia possa permitir, sem que minhas necessidades vitais me causem desconforto Observar a chuva cair no final da tarde é penetrar por um momento neste universo. Mas quando penso naqueles que amo, esqueço de tudo isso.

20 de dezembro de 2010

À Procura



Perdeu inúmeras tardes à procura da flor perfeita.
Sempre na primavera, quando o chão ficava repleto de flores. 
Passaram-se meses, anos...e as estações vinham e iam embora, sem que jamais encontrasse a flor que imaginava. Somente no fim descobriu que eram todas perfeitas.
Porque eram todas únicas.
E quando estavam juntas, mesmo no chão, formavam o jardim mais bonito que conseguia se lembrar.